sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Jornada de Lutas: cerca de mil pessoas participam de ato na Praça Sete, em Belo Horizonte. E solidarizam com a Greve da Rede Estadual


Em Belo Horizonte (MG), o ato da Jornada Nacional reuniu mais de mil pessoas, nesta quinta-feira (18). A manifestação contou com a participação de operários metalúrgicos, trabalhadores em educação das redes municipal e estadual, servidores públicos, estudantes, trabalhadores da saúde e moradores de ocupações urbanas.

Na praça Afonso Arinos, às 08h, os profissionais em educação da rede de BH reuniram-se em assembleia e, dentre vários encaminhamentos, definiram por marcar uma assembleia com indicativo de greve para o dia 02 de setembro. Os trabalhadores em educação da rede pública de Belo Horizonte também solidarizaram-se com a greve dos professores estaduais. Foi votada uma resolução de que os filiados ao sindicato contribuam com o fundo greve do estado. Por fim, pudemos demonstrar aos governos que os trabalhadores vão se manter unidos na luta pela construção de um mundo mais justo e digno para toda a população.
 
Os metalúrgicos, a Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais (FSDTM) e a CSP-Conlutas realizaram um ato público na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Foi entregue a carta de reivindicações da categoria para marcar o lançamento oficial da Campanha Salarial Unificada de 2011.

Após a atividade, saíram em passeata em defesa da educação pública de qualidade até à praça Sete onde se juntaram à comunidade Camilo Torres, trabalhadores metalúrgicos e da mineração. Com mil pessoas nas ruas, os trabalhadores denunciaram a falta de investimento em educação e saúde de qualidade, além exigirem 10% dos royalties do Minério extraído no Brasil.

Na praça sete, o trânsito foi fechado por quase meia hora. Após um abraço na praça, o ato foi direcionado em defesa da legitima e heroica Greve dos trabalhadores em Educação de Minas Gerais, que já dura mais de 70 dias. Em cima do carro de som do SindUTE as falas foram para cobrar do Governo Anastasia o cumprimento imediato da lei do piso.

A CSP CONLUTAS, disse para toda a população qual a real situação da educação em MG, explicando que o culpado pela falta de aulas é de Anstasia e Ana Gazola que se recusam a negociar e aplicar o piso reivindicado pela categoria. Mas que é necessário, também, revogar a lei do subsidio. Também se cobrou uma posição do Governo Dilma em exigir a aplicação da lei do Piso em todo o país. Este ano mais de 18 estados entraram em Greve e o Governo Federal somente ontem disse que as Greves são legitimas. Porém isto é pouco, é necessário que Dilma exija o cumprimento da Lei.

À tarde, Jornada de Lutas segue com a Plenária da campanha “O Minério tem que ser nosso”

Logo após os atos públicos, às 14h, os manifestantes seguirão ao Hall das Bandeiras, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde acontece o lançamento da campanha “O Minério tem que ser nosso”. Em um ano decisivo em que vários projetos que tratam da mineração no país serão votados, como o Novo Marco Regulatório e o Plano Nacional da Mineração 2030, a campanha surge para defender que as riquezas naturais do país estejam a serviço das necessidades da população e não só do lucro das grandes empresas.

Gustavo Olimpio
Com informações da CSP-Conlutas MG e Sindrede.

TRABALHADORES E ESTUDANTES DE UBERLÂNDIA, NO TRIÂNGULO MINEIRO, FAZEM ATO UNIFICANDO DOIS COMANDOS DE GREVE

Cerca de 250 trabalhadores e estudantes fizeram ato e passeata nas ruas de Uberlândia. A manifestação unificou dois comandos de greve: dos professores estaduais e dos técnicos da Universidade Federal de Uberlândia UFU. Estavam presentes também representações dos Movimentos sociais MPRA (Movimento Pela Reforma Agrária), MST, estudantes de diversos coletivos e CAs da UFU e estudantes secundaristas apoiando as greves.

No ato foram denunciados os ataques feitos pelo governador de Minas Anastasia (PSDB) que além de cortar o ponto dos grevistas, está substituindo os professores do terceiro ano do ensino médio. Estudantes deram apoio chamando todos a não aceitar outro professor no lugar dos grevistas.

Gilber, professor do comando de Greve do Estado e da CSP CONLUTAS, colocou que os 72 dias de greve estadual mostram o descaso do governo com a educação do estado e denunciou também o governo Dilma que além de cortar verbas da educação ainda propõe um PNE (Plano Nacional de Educação) que não atende a uma Educação Pública e de Qualidade para os filhos dos trabalhadores, destinando apenas 3% do PIB e parte destas verbas para a iniciativa particular.
Os companheiros do Comando de greve dos Técnicos da UFU denunciaram o governo Dilma por implementar os projetos de privatização dos hospitais Universitários, privatização da saúde e da educação e por não atender as reivindicações da categoria.

As palavras de ordem da juventude entre outras "ô ô ô Dilma não tem vergonha não, aumenta seu salário e privatiza a educação! È já, é já,10% do PIB já! Alegres por estarem unificando grevistas e a juventude em defesa da saúde e educação públicas,os manifestantes agitavam bandeiras intercalando falas e uma animada bandinha.
Betânia - professora do Comando de Greve da educação e membro da CSP CONLUTAS

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