terça-feira, 29 de setembro de 2015

CONSTRUIR A UNIDADE NAS LUTAS E NAS ELEIÇÕES DO SINDICATO PARA ENFRENTAR OS ATAQUES DOS GOVERNOS


Estamos nos aproximando das eleições do SindUTE-MG e é hora de discutirmos qual deve ser o programa que a próxima diretoria estadual, as subsedes e os conselheiros precisa defender. Sabemos da importância que tem o SindUTE-MG para as lutas estaduais e nacionais. Nesse sentido apresentamos essa nota com o intuito de apontar quais seriam os melhores caminhos para essa eleição do sindicato e para fortalecer as lutas pelos nossos direitos, considerando o cenário do Estado de Minas Gerais e de nosso país.



Governos atacam os direitos dos trabalhadores

Diante da crise econômica que assola o mundo e o país, o governo Dilma escolheu proteger o lado das elites. Todas as medidas do governo petista com o seu aliado PMDB jogam a conta da crise nas costas da população trabalhadora. Vejam elas: o ajuste fiscal retira bilhões dos serviços públicos (9,4 bilhões de corte para a educação, 11,77 bilhões para a saúde além de diversos cortes e outras áreas sociais) e corta programas sociais; a criação do PPE (Plano de Proteção ao Emprego) que reduz salário e não garante o emprego; as MPs 664 e 665 que retiram direitos previdenciários e trabalhistas; o retorno da CPMF que atinge principalmente a população; o aumento dos juros; a inflação; suspensão concursos públicos, dentre outras medidas. O governo aprofunda as medidas de austeridade como parte do seu compromisso assumido com aqueles que garantiram a sustentação de seu governo diante da crise política que o ameaçou. Estamos falando de banqueiros (Itaú e Bradesco), Organizações Globo, FIESP e FIERJ, dentre outros conglomerados empresariais nacionais e internacionais. Considerando ainda a corrupção que subtrai bilhões de reais dos cofres públicos. Esse governo não pode ser defendido porque não governa para os trabalhadores, governa para o capital.

Também não pode haver confiança na oposição de direita chefiada pelo PSDB/DEM, pois estes partidos de fendem a mesma política que o PT está aplicando. Sabemos muito bem o que Aécio e Anastasia do PSDB fizeram com a educação em Minas: aplicaram um forte arrocho salarial, acabaram com nossa carreira, perseguiram os lutadores e atacaram de diversas maneiras nossa organização sindical. No governo FHC/ PSDB, 1994-2002, se aprofundou neoliberalismo no Brasil com privatizações e ataques a direitos sociais e trabalhistas. Devemos repudiar esses setores e lembrar a todos que esses sempre foram inimigos dos trabalhadores.



Em Minas a crise econômica é forte e o governo já anuncia dificuldades para pagar os servidores


A crise econômica também atinge o nosso estado. E mais uma vez quem está sofrendo com ela é a população trabalhadora, principalmente a juventude. Já são centenas de milhares de demissões na indústria, o custo da energia residencial aumentou quase 40% só esse ano e o governo Pimentel já anunciou que não mais fará nomeações, pois já está dependendo de depósitos judiciais para fazer o pagamento dos servidores. Isso acontece porque o governo Pimentel não mudou a lógica de governo, segue priorizando o pagamento das dividas aos bancos e a isenção de impostos para as empresas, em detrimento do investimento nos serviços sociais básicos com saúde, educação e moradia. Fora isso, o governo de Minas vem tratando os movimentos sociais como caso de Policia, como em BH quando reprimiu violentamente as manifestações das ocupações, como no caso  das ocupações da Isidora, e na manifestação contra o aumento das passagens. No interior agrediu e prendeu violentamente uma professora da rede estadual em passeata com os estudantes e fazendo o mesmo em Montes Claros com a índia Xacriabá no Grito dos Excluídos. O governo do PT foi eleito em Minas dizendo que faria diferente do que o PSDB fez, mas o que temos vendo ainda não é isso.


Temos visto o que vem acontecendo em outros estados, como no Rio Grande do Sul, onde o governo está parcelando o salário dos servidores e por isso o movimento se unificou e tem protagonizado diversas lutas e greves em defesa de seus direitos. Aqui tivemos uma forte campanha salarial no inicio do ano que conseguiu arrancar algumas vitórias parciais em nossas reivindicações, depois de anos de muitos ataques do PSDB. A proposta do governo ainda é muito insuficiente para nossas necessidades, queremos e precisamos do Piso para já, e não para 2018, nossa carreira não foi totalmente reconquistada e a situação dos trabalhadores da lei 100 ainda é uma incógnita, que o governo não quer se responsabilizar. Exemplo desses limites é a atual greve dos servidores das Superintendências, que já ultrapassa um mês e segue sem uma proposta razoável do governo.



As Prefeituras também retiram direitos.


Em Diversas cidades a situação não é diferente do plano federal e estadual. Os governos municipais rezam na mesma cartilha do governo federal, sejam estas prefeituras municipais do PT, PSDB, PMDB ou PC do B. Retiram gastos da saúde e educação, precarizam os serviços básicos para a população, terceirizam, retiram direitos e dão reajuste de 0% para os servidores públicos. No dia 30 a rede municipal de Belo Horizonte entrará em Greve, Ibirité já está de Greve.

Os municípios nos últimos anos tiveram aumento considerável da receita e agora querem jogar nas costas dos trabalhadores o ônus da crise.



Construir a unidade da categoria para garantir nossos direitos


Diante de momentos de ataques aos nossos direitos acreditamos que é muito importante a unidade para lutar, pois essa é a única possibilidade de sairmos vitoriosos. Mas para isso temos que manter nossa independência sem apoiar nenhum governo, pois todos eles independente da sigla estão nos atacando. Por isso fizemos muitas criticas a atual direção do SindUTE de ter participado de atos e manifestações em defesa do Governo Dilma. A tarefa das entidades dos trabalhadores é construir um campo de classe alternativo tanto ao governo quanto a oposição de direita.

No dia 18 de setembro a CSP-CONLUTAS junto com outras 40 entidades deram exemplo de que é possível mobilizar sem estar atrelados nem ao governo do PT nem a Oposição de Aécio e Cia. Na Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras mais de 15 mil protestaram em São Paulo, contra o governo Dilma, Aécio, Cunha e Temer, e todos os partidos que apoiam o ajuste fiscal.

Nesse cenário de crise econômica, diante dos anúncios do governo, das vacilações do governo em cumprir o acordo e da possibilidade de haver ataques ao que já conquistamos, fazemos um chamado a todos trabalhadores e trabalhadoras em educação do estado a formação de um chapa unitária para eleições do SindUTE. Uma chapa que fortaleça o sindicato, que reúna todos aqueles e aquelas que participaram das lutas nos últimos anos e que tenha um programa de independência de qualquer governo e em defesa de nossos direitos. Chamamos a atual direção do SindUTE a rever sua participação nos fóruns e manifestações de defesa do governo Dilma, para que o nosso sindicato possa ser parte da formação desse campo alternativo de classe no estado e no país. Abaixo alguns pontos para iniciarmos a discussão de um programa para nosso sindicato.

  • Pimentel, cumpra o acordo com a educação. Não aceitaremos pagar pela crise!

  • Auditoria e suspensão imediata do pagamento da dívida pública! Que os recursos do Estado sejam usados para atender os trabalhadores e a população!

  • Em defesa da greve das SRE’s. É necessário pressionar o governo para que apresente uma proposta para esse setor.

  • Melhoria das carreiras dos ATb’s e ASB’s que também estão sofrendo com a defasagem no salário e com sobrecarga de trabalho.

  • Luta contra o ajuste fiscal e todas as retiradas de direitos que estão sendo aplicadas pelos governos federal, estadual e municipal; Por uma greve geral!

  • Pela independência política do sindicato perante os governos

  • Basta de Dilma, Aécio, Temer e Cunha. Nem governo do PT, nem os 

  • picaretas do PMDB e PSDB . Precisamos lutar contra os dois e construir uma alternativa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre.

  • Lutamos contra o machismo, o racismo e a homofobia.

  • Em defesa da democracia no sindicato; pela proporcionalidade na diretoria.

  • Em defesa dos direitos de todos(as) trabalhadoras em educação - designados, ex-efetivados, efetivos – Somos todos trabalhadores em educação!

  • Exigir do governo uma solução imediata para os ex-efetivados.

  • Pelo fortalecimento das subsedes do SindUTE

  • Contra a privatização da educação e dos serviços públicos;

  • Luta contra a meritocracia, o controle pedagógico docente e pela autonomia pedagógica;

  • Contra a terceirização e o PL 4330! Concurso público para todas as áreas com todos os direitos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Trabalhadores da Superintendências Regionais de Ensino de Minas Gerais em Greve



 Todo apoio a LUTA da SREs!  

A greve dos administrativos das Superintendências Regionais de Ensino iniciou no dia 27 de julho e vem se fortalecendo a cada dia. Inicialmente marcada para tempo determinado até o dia 18 de agosto. A Greve tem um alto índice de adesão (em torno de 80%) e fortes atividades regionais nos Estados, como as manifestações que denunciam o descaso do governo Pimentel (PT) e de seus antecessores Aécio e Anastasia (PSDB) com a pauta dessa categoria.



Os trabalhadores reivindicam uma distorção salarial em suas tabelas de vencimentos que faziam parte das negociações. Os técnicos (ATE) exigem uma diferença salarial com relação aos analistas (ANE) que hoje refletiria um aumento em seus salários em torno de 60%. Essa reivindicação existe pelo fato dos salários dos técnicos terem sofrido uma defasagem com relação aos analistas. A diferença salarial que era de 20% hoje é de 80 % aproximadamente entre ATE e ANE. Já os analistas (ANE) exigem a equiparação salarial como os Analistas Inspetores (ANE-Inspetor). Cargos com mesma escolaridades e carga horárias.



Esta pauta que estava em negociação ficou secundarizada pelo governo, juntamente com as negociações do plano carreira de toda a educação e a resolução do quadro escolar (resolução essa que trata de vários problemas da educação atual como salas superlotas, direito de substituição de servidores em licença, etc) .



 Indignados com o descaso dos governos resolveram pressionar a direção estadual do SINDUTE MG  para chamar uma assembleia específica e iniciar o movimento grevista a fim de que o governo reabrisse as negociações.  No entanto não parece ser essa a dinâmica do governo petista de  Pimentel, mesmo diante de mais de mil trabalhadores das SREs em manifestação ontem na Cidade Administrativa o governo não sinalizou com nada.


Indignados também estão os administrativos do interior das escolas que possuem salários equiparados aos das superintendências  e ensaiam também adesão ao movimento grevista. Outro setor que também apresenta indignação com relação aos baixos salários são auxiliares de serviços gerais. 


O Movimento Educação em Luta e a CSP Conlutas apoia à greve das SREs e é necessário muita unidade da categoria para garantir a valorização de toda a educação. Não podemos permitir que a defesa da Educação fique no discurso vazio dos governantes e que se use a desculpa da crise para não garantir nossos direitos. Pimentel fez uma concessão ao pagar o piso para os professores, mas foi para 2018, nossa  reivindicação tem que ser para já e também a carreira deve ser valorizada. 


Temos que seguir o exemplo dos Servidor

es Públicos do Rio Grande do Sul e unificar a luta de todo o funcionalismo em defesa dos nossos direitos. 



Se educação é prioridade priorize a correção das tabelas salariais dos trabalhadores das SREs!

Victoria Mello
Juiz de Fora




domingo, 17 de maio de 2015

Categoria em Luta Conquista Piso Salarial Nacional, Mas só em 2018



O acordo firmado, com grande visibilidade na mídia, entre o governo de Minas e o SindUTE MG está sendo muito celebrado por todos, por um lado a categoria percebendo que nossa luta valeu a pena e por outro o governo que tenta dizer que foi um grande feito no inicio de sua gestão.




De fato, diante dos terríveis ataques sofridos por nossa categoria durante as gestões do PSDB, como arrocho salarial; a retirada de direitos; a piora nas condições de trabalho; o assédio moral; o cerceamento ao direito de greve etc., a contra proposta final apresentada por Pimentel às nossas reivindicações representa um inegável avanço. 




Mas nossa luta não acaba aqui ainda há muito para ser feito e não podemos nos esquecer que o compromisso de Pimentel nas eleições de 2014 era de pagar o piso salarial nacional em 2015 e não em 2018.




A luta da categoria fez Pimentel melhorar a proposta





Pimentel é um político experiente e, analisando o papel dos trabalhadores em educação de Minas na derrota de Aécio; as enormes lutas que fizemos mesmo nos períodos de muita repressão dos tucanos; o apoio da sociedade à nossas lutas e a grande expectativa gerada por suas declarações e acordos assinados no período eleitoral, avaliou que um enfrentamento com nossa categoria logo no início de seu mandato seria muito prejudicial à sua carreira política.  Além disso, Pimentel traz na memória os enfrentamentos que o magistério da rede municipal de BH fez com sua gestão frente à prefeitura daquela cidade, quando ele cortou direitos, arrochou salário,  cerceou direito de greve com corte de ponto e perseguiu os sindicatos municipais, como o  Sindrede e o  Sindibel. 




Diante de uma realidade de dificuldade financeira, não só por causa da dilapidação dos cofres públicos feitos pelos governos do PSDB, mas também da crise econômica que assola o país, Pimentel adotou a tática de oferecer uma contraproposta muito rebaixada (abono de 160,00, sem reajuste até 2018, exclusão dos aposentados, tratamento diferenciado aos outros segmentos, certificação etc)  e aguardar a reação da categoria e da direção do SindUTE MG.  




A  enorme indignação, as declarações de frustração  e a grande  possibilidade de enfrentamento dos educadores com seu governo, fez Pimentel recuar e ir medindo passo a passo os  avanços possíveis até chegar à contraproposta aceita pela direção estadual do sindicato  e aprovada pela categoria em assembleia no último dia 14/05.




Nós, do MEL – Movimento Educação e Luta -  e da CSP - Conlutas estivemos em todos os momentos dessa luta e  avaliamos que a contraproposta significa avanço importante porém insuficiente.





Na assembleia colocamos nossa posição de que  era de que o acordo era sim um avanço, e que diante da crescente mobilização da categoria era possível avançar em pontos onde ainda há problemas. Seria um erro recusar o acordo, mas era possível melhorar. 




O governo Pimentel (PT)  reconhece o Piso, mas apenas para 2018; a carreira continua com os ataques desferidos por Anastasia; os ASBs permanecem sem vale transporte, com vínculo precário por falta de concurso público e sobrecarregados pelo número reduzido de funcionários; os ATbs e servidores das SREs sem suas reivindicações específicas atendidas; os servidores da ex lei 100 sem direito a aposentadoria; a permanência da superlotação das salas de aula; da extinção do turno noturno; da obrigatoriedade do módulo II; das avaliações de desempenho e externas; da precariedade do atendimento no Ipsemg, vários trabalhadores que estão sendo nomeados estão sendo considerados inaptos pela perícia média, mesmo aptos para trabalhar como designados. 




Sobre o concurso do que adianta nomear 15 mil trabalhadores este ano, se a maioria está sendo barrada na perícia médica. Segue as orientações do governo do PSDB para os peritos barrarem todos. Não há um critério claro da SEPLAG, as denúncias são muitas. Pessoas com problemas de voz já curados ou que não afetam diretamente o exercício da profissão, pessoas com exames e laudos de outros médicos que demonstram que não há nenhum problema de saúde, etc. A direção do sindicato deve pauta o quanto antes este problema na mesa de negociação para que todos os casos sejam revisto e parem com este política nefasta. 




A direção do SindUte e a categoria aceitaram a contra proposta do governo, mas as mobilizações pelas reivindicações não atendidas não pode parar. Devemos continuar  reivindicando o que nos é de direito: Piso salarial já! rumo ao piso do Dieese, a recomposição da carreira, melhores condições de trabalho e atendimento no nosso instituto de saúde. 




As lutas dos educadores por todo o país. CNTE, mais uma vez, não cumpre seu papel





Em todo o país o educadores lutam por  direitos, Piso Nacional, Carreira e valorização. Desde o início do ano cinco estados já fizeram greve, cinco estão em greve no momento e doze estão em campanha salarial, e há greves também em inúmeros municípios, dentre eles Macapá, Juiz de Fora e Betim. Professores foram massacrados pela PM no Paraná causando uma comoção nacional. 




Diante de toda essa luta o que faz  a CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação- ao qual o sindUte é filiado?  Apenas uma paralisação as vésperas de um feriado nacional. Perante o clamor por uma unificação nacional das lutas da educação a CNTE se cala, como se calou em 2011,  e deixa cada estado e município com suas lutas isoladas e assim  com menores chances de alcançar seus objetivos.




O MEL e a CSP Conlutas repudiam o silêncio da CNTE frente às lutas do magistério  e exige que ela exerça seu papel de convocar uma greve geral da educação para que todos os trabalhadores em  educação desse país ganhem o piso salarial, tenham plano de carreira e condições dignas de trabalho.



Dia 29/05 tem paralisação nacional da classe trabalhadora


Contra o ajuste Fiscal de Dilma e ao PL das terceirizações do Congresso de Eduardo Cunha





Da mesma forma conclamamos a CUT e outras centrais sindicais a organizar uma greve geral da classe trabalhadora para derrubar o PL 4330 das terceirizações e as MPs 6644 e 665 do governo Dilma que já estão no senado. Infelizmente assistimos os deputados do PT e do PCdoB votarem a favor do ajuste fiscal e contra os trabalhadores. Isso mais uma vez nos demonstra que não podemos confiar em governos e parlamentares e que só a luta unificada de toda a classe trabalhadora é capaz de conter os ataques dos patrões e dos governos.





  • 10% do PIB pra educação pública já!
  • Piso Salarial Já! Rumo ao piso do Dieese
  • Recomposição da Carreira
  • Não ao módulo II
  • Atendimento das reivindicações dos ASbs, ATbs e SREs
  • Aposentadoria para os ex servidores da lei 100
  • Não ás avaliação de desempenho e avaliações externas
  • Por atendimento de qualidade no Ipsemg
  • Fim da política discriminatória na Pericia Médica
  • Não ao ajuste fiscal de Dilma e ao PL 4330
  • Greve geral da educação e da classe trabalhadora

segunda-feira, 16 de março de 2015

PIMENTEL, CADÊ MEU PISO


Em janeiro, logo após a posse, o Governo Pimentel propos uma comissão entre governo e SindUTE MG para tratar da discussão do Piso Salarial. Nas primeiras reuniões nada de concreto foi apresentado a categoria. E o Governo ainda tentou discutir o pagamento proporcional do piso, algo que já haviamos debatido no governo anterior e que não temos nenhum acordo. Pimentel assinou um acordo com a categoria de pagar o Piso integral e não em sua proporcionalidade. 
 
Após apresentar várias simulações e nenhuma proposta Pimentel teve a cara de pau de apresentar uma mísera proposta de abono salarial de R$ 160,00 que serão incorporados em 4 parcelas de R$ 40,00: em julho 2015, outubro 2015, janeiro de 2016, abril 2016. Chega a ser ridículo essa proposta! Ela não repõe as perdas salarias que tivemos nos últimos anos e está abaixo do percentual do reajuste do Piso Salarial Nacional 
 
A outra proposta é de fim do subsidio e de retorno ao vencimento básico, o que significa que o valor que hoje está descrito em nossos contra cheques como subsídio passa a ser denominado vencimento básico. Na reunião não foi apresentada quais as vantagens que voltariam, se seriam os biênios, quinquenios ou qual outra. Não está a proposta que defendemos o que dizemos é que nosso vencimento básico deve ser o valor do piso estabelecido pelo governo federal de R$ 1917,78 para o inicio de carreira e retorno de nossas vantagens. Na progressão por escolaridade retrocedemos para 5 e 10% para mestrado e doutorado respectivamente.

Além disso, Pimentel está aplicando uma política de rachas na categoria a fim de aumentar sua fragmentação e enfraquecê-la diante dos seus ataques. Veja o que ele propõe: inicialmente aumento só para professores, coisa que corretamente a direção do SindUTE recusa; e agora propõe aumento somente para os diretores e ainda retira os aposentados das negociações desse mísero abono salarial. Abono esse que não é aumento, não se incorpora ao salário e nem podemos levar para aposentadoria. Já experimentamos em outros governo esta política de abono e sabemos bem que ela de fato não nos valoriza.

Essas propostas são ridículas, passam longe de repor a inflação e o valor do custo aluno. E o pior são os ataques que estão junto desse pacote de maldades que é aplicar aumento de 10% somente para os diretores, diferente da miséria do abono salarial apresentado para o resto da categoria e que ainda deixa os aposentados de fora. Isso só serve para dividir nossa categoria e desmobilizá-la para que novos ataques sejam aplicados.

É preciso enfrentar todas as tentativas de divisão da categoria. Hoje temos praticamente 2/3 da categoria em condições precárias de trabalho, que são os ex efetivados pela lei 100 (1/3) e os designados (1/3). Só designados são mais de 60 mil.

É hora de partimos para cima do Pimentel. É preciso unificar nossas forças, pois somente assim conseguirmos avançar para cobrar suas promessas de campanha com a educação e enfrentar os ataques.

VAMOS NOS UNIR EM DEFESA DE NOSOS DIREITOS
QUEREMOS PISO E CARREIRA
TODOS NA PARALISAÇAO DO DIA 31
NENHUMA CONFIANÇA NO GOVERNO PIMENTEL



domingo, 8 de março de 2015

Os primeiros Golpes de Pimentel

Mais nomeações de novas superintendências são feitas, porém Pimentel
desrespeita acordo firmado com a categoria e não nomeia os eleitos em assembleias para o cargo  superintendentes.
 

Como uma reivindicação antiga da categoria, a democratização das SREs e SEE, e cansados das políticas do PSDB, o sindicato impulsionou a necessidade de democratizar as SREs, travando uma batalha contra o assédio moral, a falta de autonomia das escolas e dos trabalhadores. 

Como em práticas antigas os cargos de direção das SREs eram indicados por políticos atrelados ao governador de plantão.  As superintendências de educação eram loteadas entre deputados e prefeitos que apoiavam o governo.

Pimentel, em contradição com compromisso afirmado de respeitar as decisões
da  categoria na campanha eleitoral, não permitiu que a secretária estadual de educação fosse escolhida pela categoria e não atendeu as solicitações do sindicato na elaboração da resolução do quadro de escola que mantém a mesma linha dos governos do PSDB, porém conseguimos arrancar de seu governo  que as (os) superintendentes fossem eleitas (os) pela categoria. Ainda que na correria e tendo que fazer plenárias às pressas, os trabalhadores e sindicato se organizaram e fizeram eleição de todas as 40 SREs, exceto uma São Joao Del Rey.


Após dois meses de sua posse e sobre muita pressão do sindicato e categoria
Pimentel iniciou as nomeações, mas, junto a elas vieram o desrespeito e as decepções.

Muitas (os) das  (os) superintendentes escolhidas (os) nas plenárias não foram empossadas (os) e o governador juntamente com vários de deputados (as) dão um golpe na categoria indicando outros nomes, mantendo as mesmas práticas do governo PSDB de loteamento das SREs.  Alem disso, nos locais onde conseguimos empossar as (os) escolhidas, (os) os antigos cargos comissionados de direção não foram substituídos, as (os) superintendentes estão sendo nomeadas  (os)para cargo de diretora educacional e não em seus reais cargos, continuando sem autonomia e permitindo assim, que as velhas práticas do PSDB continuem. 


A lista de cidades onde os deputados conseguiram nomear os superintendentes é grande e foram poucos os lugares em que se acatou o que a categoria escolheu. 

Mas nossa luta não acaba aqui, e que ocupa as SRE sejam eleitos pela base da categoria. Pimentel irá sentir o peso de nossa categoria. E todas as cidades que isto aconteceu deve ser denunciadas. 

ONDE ESTÁ NOSSO PISO E CARREIRA?

O mesmo ocorre com os acordos firmados com a categoria sobre piso e carreira, sobre os quais o governo vem divulgando na imprensa que não vai cumprir e,  na prática estamos vendo caminhar para enrolação, além de tentar provocar uma divisão na categoria deixando de fora das negociações os ABS’, ATB’ e técnicos das SER’s e SEE.
A reunião que ocorreria no dia 05 de março foi adiada e remarcada para o dia 12 de março. A desculpa utilizada era o julgamento do recurso da Lei 100, meas se estivéssemos diante de um governo que de fato está disposto a pagar a dívida histórica com a educação o pagamento do piso e a reconstrução da carreira já estaria sendo aplicada e não discutida. 
Pimentel e Macaé não merecem nossa confiança, já que apontam que querem governar da mesma forma que governou o PSDB, se aliando aos deputados e empresários. 

LEI 100 UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA

Não podemos nos esquecer que o grande culpado pela situação vivenciada pelos trabalhadores da Lei Complementar número 100 é o governo do PSDB, ele não se preocupou com a situação funcional e sim resolver um problema previdenciário. Tanto é assim que apenas um artigo fala da efetivação os outros falam de previdência. 

E o STF já bateu o martelo nesta situação e que se deve "demitir" todas/os. Porém o supremo não consegue perceber que a demissão irá colocar na rua da amargura milhares de trabalhadoras e trabalhadores que deram o sangue pela educação em Minas, que adoeceram e contribuíram com a previdência. A decisão deveria punir o governo do PSDB e não os trabalhadores. 

O que está sendo discutido agora no STF é o momento de quando os trabalhadores perderão seus empregos, está nas mãos dos ministros do supremo quando estas pessoas irão para a rua, se agora em 1 de abril ou dezembro se acatarem o recurso do governo. 

Aqui temos que deixar claro, que temos que defender o direito destas (es) trabalhadoras (es) de terem o direito ao trabalho, porém temos que denunciar a Lei 100 e a PEC apresentada na ALMG que elas não garantem este direito, são medidas paliativas que não resolvem o problema. O governo deve sentar com a categoria e discutir medidas que de fato deem segurança ao trabalhador. 

Defendemos que tenham todos os direitos e não que vivam na insegurança

UNIFICAR AS LUTAS PARA GARANTIR NOSSOS DIREITOS


É preciso que a categoria se unifique, enfrente as divisões e parta para
construção das paralisações e movimentos cobrando salário e condições dignas de trabalho. Não podemos confiar em governantes e deputados que alegam não ter dinheiro para a educação mas concedem a si próprio auxilio moradia, continuam pagando altos juros da dívida pública, privilégios para grandes empresários e cobrando baixos impostos das mineradoras que se enriquecem a custas dos trabalhadores e da riqueza dos recursos minerais do Estado.

Nós do Movimento Educação e Luta e a CSP Conlutas entendemos que é hora de
mobilizarmos a categoria e exigirmos de Pimentel respeito e cumprimento das
promessas de campanha. As primeira ações do governo nos indicam que só podemos acreditar na nossa força e  unidade, pois já vivemos essa mesma política com o PSDB e não vamos aceitar que  o PT nos trate da mesma forma que Aécio/Anastasia. O compromisso de Pimentel tem que ser com os trabalhadores mineiros e não com os banqueiros, empresários e políticos corruptos.

QUEREMOS PISO E CARREIRA

NENHUMA CONFIANÇA NO GOVERNO PIMENTEL
SÓ A NOSSA FORÇA E UNIDADE NOS FARÁ AVANÇAR