Há um
ano atrás, no dia 08 de junho de 2011, iniciava-se a maior greve da
história do SindUTE-MG, 112 dias de muita luta. Os trabalhadores em
educação das Minas Gerais, conscientes de que a Greve era justa e
necessária decidiram, nesse dia, fazer o maior enfrentamento que um
governo mineiro já teve. Dizendo um grande não à politica do
Subsidio, que destrói nossa carreira e pela implementação imediata
da lei do piso para uma jornada de 24 horas de trabalho.
A
greve de Minas Gerais fez parte de um grande cenário de lutas na
educação que varreu todo o país. Foram mais de 20 Greves estaduais
e dezenas de greves nas redes municipais. Todas elas pelas mesmas
revindicações, piso e carreira.
Muitos
foram os momentos difíceis, grandes foram as alegrias. Momentos
difíceis pelos ataques desferidos pelo nosso maior inimigo:
Anastasia, como o corte de ponto, o uso da mídia, as ameaças de
punição, a contratação de professores substitutos para os
trabalhadores em Greve.
Muitas
foram alegrias por estarmos juntos nas assembleias, passeatas,
manifestações, comungando da mesma certeza: a da coragem de lutar
por nossos direitos.
Temos
que destacar o protagonismo dos trabalhadores que cassaram Anastasia
e Gazola em todos os cantos do Estado, acamparam na assembleia
legislativa e se acorrentaram tanto em frente ao palácio da
liberdade e dentro da ALMG, exigindo a abertura imediata das
negociações, e também a greve de fome. Tudo isto proporcionou o
maior desgaste que o o projeto do PSDB em Minas, com Aécio e
Anastasia já enfrentaram. Conseguimos nesta Greve desmascarar este
projeto e o choque de gestão. Demonstrando para o Brasil e o Mundo
que em Minas Gerais a Educação vai mal, que o Choque de Gestão é
uma farsa e que em Minas não se respira liberdade.
Infelizmente
o Governo Dilma se calou frente a nossa greve e a de outros estados.
Não exigindo que os governos cumprissem imediatamente a lei federal
aprovada. E pior, o Ministro da Educação Fernando Haddad, atual pré
candidato a prefeito de São Paulo pelo PT, deu total apoio a
politica do governo do PSDB mineiro de contratar professores
substitutos, o que fortaleceu o governo aqui.
A lei
do piso nacional se demonstrou uma grande armadilha para nós, já
que está lei é para uma jornada de 40 horas de trabalho, os valores
são bem abaixo daquele que de fato merecemos e revindicamos e o pior
a lei não impõe punições àqueles governos que descumprirem a
lei. Por isto temos que exigir um piso que de fato nos atenda e
aqueles que a descumprirem sejam punidos exemplarmente.
Não
conseguimos alcançar o objetivo de derrotar o subsidio. Porém não
podemos nos calar e nos desorganizar.
Ficou
a lição de que temos que unificar as nossas lutas para podermos
derrotar os governos que teimam em retirar nossos direitos. Temos que
aprender com esta lição e neste ano temos que nos reorganizar e
discutir com toda a categoria para que possamos nos fortalecer.
Hoje,
um ano após o início dessa luta histórica não poderíamos deixar
passar em branco essa data. Relembrar nossas lutas é manter vivo na
memória que fazemos parte, primeiramente, de uma classe que
necessita lutar sempre, contra seus exploradores em unidade com todos
os trabalhadores, por sua emancipação e, em busca cotidiana de
vencer os desafios que a falta de valorização da educação nos
causa.
VIVA
A LUTA DOS EDUCADORES MINEIROS!
VIVA
A LUTA DOS EDUCADORES DE TODO O BRASIL!
VIVA
A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA DE TODO O MUNDO!
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