quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Trabalhadores da Superintendências Regionais de Ensino de Minas Gerais em Greve



 Todo apoio a LUTA da SREs!  

A greve dos administrativos das Superintendências Regionais de Ensino iniciou no dia 27 de julho e vem se fortalecendo a cada dia. Inicialmente marcada para tempo determinado até o dia 18 de agosto. A Greve tem um alto índice de adesão (em torno de 80%) e fortes atividades regionais nos Estados, como as manifestações que denunciam o descaso do governo Pimentel (PT) e de seus antecessores Aécio e Anastasia (PSDB) com a pauta dessa categoria.



Os trabalhadores reivindicam uma distorção salarial em suas tabelas de vencimentos que faziam parte das negociações. Os técnicos (ATE) exigem uma diferença salarial com relação aos analistas (ANE) que hoje refletiria um aumento em seus salários em torno de 60%. Essa reivindicação existe pelo fato dos salários dos técnicos terem sofrido uma defasagem com relação aos analistas. A diferença salarial que era de 20% hoje é de 80 % aproximadamente entre ATE e ANE. Já os analistas (ANE) exigem a equiparação salarial como os Analistas Inspetores (ANE-Inspetor). Cargos com mesma escolaridades e carga horárias.



Esta pauta que estava em negociação ficou secundarizada pelo governo, juntamente com as negociações do plano carreira de toda a educação e a resolução do quadro escolar (resolução essa que trata de vários problemas da educação atual como salas superlotas, direito de substituição de servidores em licença, etc) .



 Indignados com o descaso dos governos resolveram pressionar a direção estadual do SINDUTE MG  para chamar uma assembleia específica e iniciar o movimento grevista a fim de que o governo reabrisse as negociações.  No entanto não parece ser essa a dinâmica do governo petista de  Pimentel, mesmo diante de mais de mil trabalhadores das SREs em manifestação ontem na Cidade Administrativa o governo não sinalizou com nada.


Indignados também estão os administrativos do interior das escolas que possuem salários equiparados aos das superintendências  e ensaiam também adesão ao movimento grevista. Outro setor que também apresenta indignação com relação aos baixos salários são auxiliares de serviços gerais. 


O Movimento Educação em Luta e a CSP Conlutas apoia à greve das SREs e é necessário muita unidade da categoria para garantir a valorização de toda a educação. Não podemos permitir que a defesa da Educação fique no discurso vazio dos governantes e que se use a desculpa da crise para não garantir nossos direitos. Pimentel fez uma concessão ao pagar o piso para os professores, mas foi para 2018, nossa  reivindicação tem que ser para já e também a carreira deve ser valorizada. 


Temos que seguir o exemplo dos Servidor

es Públicos do Rio Grande do Sul e unificar a luta de todo o funcionalismo em defesa dos nossos direitos. 



Se educação é prioridade priorize a correção das tabelas salariais dos trabalhadores das SREs!

Victoria Mello
Juiz de Fora