sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ditadura em Minas Gerais - Governador Anastasia Criminaliza o movimentos sindical e retira direitos dos Trabalhadores.





O governo Anastasia vem atacando os educadores mineiros já há muitos anos. Tudo começou com o chamado choque de gestão criado no governo Aécio Neves que teve por base, na educação, estrangular a categoria através do congelamento dos salários por mais de 10 anos, a destruição da carreira do magistério, a implantação das avaliações externas com o nítido objetivo de punir os educadores e a criação de um prêmio por produtividade para ludibriar os trabalhadores. 


Essas são apenas algumas citações, pois se fossemos enumerar todos os ataques realizados por esse governo opressor ocuparíamos todo esse espaço nas citações das atrocidades realizadas por Anastasia e seus seguidores submissos, como são alguns profissionais da Educação que infelizmente preferem atender ao chamado desse governo fascista do que ficar ao lado dos educadores lutadores que não se dobram e continuam na luta por uma educação pública de qualidade em Minas Gerais e no Brasil.

Se já não bastasse esses e outros ataques aos educadores como os que já citamos tivemos agora a determinação para que os profissionais da educação infantil ministrem aulas de Ensino Religioso e Educação Física sem receberem nenhum centavo a mais por isso. Sendo assim, muitos profissionais de Educação Física e Ensino Religioso ficarão sem trabalho e os profissionais da educação infantil sobrecarregados.

Mas, além disso, agora temos que enfrentar a maior aberração dos últimos tempos do governo mineiro: a censura e a criminalização. Uma Trabalhadora da Educação, companheira de luta da cidade de Monte Carmelo, simplesmente porque ousou não concordar com algumas afirmações realizadas por outros educadores, que representam o governo (PIP), em uma reunião na Superintendência dessa cidade teve que se submeter à situação vexatória de ter que responder a um policial sobre o que havia ocorrido. Ou seja, o governo Anastasia e seus representantes que não admitem questionamentos acionaram a polícia para calar a educadora que simplesmente, como todo lutador em defesa da classe trabalhadora, e nesse momento em especial em defesa dos educadores e em prol de uma educação pública de qualidade que atenda os trabalhadores da melhor forma possível, desejava realizar um debate com o nítido objetivo de contribuir com as discussões que se realizavam na reunião. Mas o governo não pode ser questionado, ele está acima de tudo e de todos.

Em Minas Gerais está acontecendo um retrocesso assustador, depois de vários ataques a várias categorias, utilizando vários métodos, agora chegou a vez da utilização da censura para calar os lutadores. E essa censura vem através do acionamento da polícia militar. Um absurdo. Poucos dias após o Brasil lembrar com pesar o terrível aniversário de 49 do golpe militar de março de 1964 o governo mineiro dá mostras que resquícios da ditadura ainda permanecem em nosso país. De minas Gerais onde saíram as tropas para o golpe de 31 de março de 1964 também presenciamos essa característica de governo ditador que é a censura. Precisamos reagir à altura desse ataque fascista do governo Anastasia. Não podemos admitir que essa situação permaneça em nosso Estado.
 
Todo nosso apoio à Educadora Raquel que está sendo perseguida por esse governo ditador.

Abaixo o governo fascista de Anastasia

Viva a luta dos trabalhadores.

Subsede do SindUTE Patrocínio

Subsede do SindUTE Monte Carmelo




quinta-feira, 4 de abril de 2013

A educação como mera mercadoria, uma realidade estarrecedora dentro das escolas da rede privada de Minas Gerais



Vivemos a total decadência da educação. Mas não pense que este cenário se refere apenas à rede pública de ensino. Dentro da rede privada a precarização também se acelera e toma proporções ameaçadoras. Salários defasados tanto dos professores quanto do quadro administrativo. Salas superlotadas. Falta de recursos tecnológicos, de bibliotecas, e de materiais básicos, como pincel e carteiras confortáveis, entre outros. Há colégios que nem sequer oferecem lanche aos professores no momento de intervalo, nem banheiro diferenciado do dos alunos. É assim que funciona o sistema da rede privada de ensino de grande parte das escolas de Minas Gerais.

Em contrapartida, o lucro dessas instituições é cada vez maior. Qualquer família em sã consciência e com a mínima condição matricula hoje o seu filho na rede particular, uma vez que as escolas públicas, no atual contexto, estão fadadas. Enfrentamos salas de aula com média de 40 a 50 alunos e um professor que mal consegue ser ouvido e ouvir, logo, o conteúdo ministrado fica cada vez mais defasado. A indisciplina toma conta e o nosso papel de educar fica jogado a escanteio a fim de que os lucros financeiros dessas empresas escolares se multipliquem.

Geralmente com a mensalidade de três alunos a escola paga todo o salário de um professor, mas, mesmo assim, as salas estão cada vez mais abarrotadas e quando questionamos essa situação, a resposta é apenas um discurso falacioso de que somos competentes e damos conta do recado. O que, claro, sabemos ser um grotesco assédio moral a fim de nos inibir com uma possível demissão: “se não dá conta tem outro para ocupar o seu lugar”. O tempo todo nós, professores da rede privada, nos sentimos ameaçados. E o que o SinproMG faz de fato para nos defender? A cada final de ano é uma angústia, o medo da demissão. A rotatividade de professor é gritante. Quem está, de fato, assegurando os nossos direitos?

Para as mulheres a situação é mais complicada ainda, pois, se surge uma gravidez, é momento de se fazer uma resilição, diminuindo suas aulas, ou até mesmo demiti-la, pois ser mãe é um entrave na visão capitalista das escolas. Quantas professoras já não foram afetadas nessa situação? Além de tudo isso, a maioria dos colégios não oferece vale transporte para professores nem ajuda de custo na gasolina. E ainda temos de conviver com instituições que se dizem filantrópicas, mas que majoritariamente só buscam a lucratividade. Nessas escolas, o funcionário, mesmo exercendo uma jornada de trabalho de 44 horas semanais, no caso de auxiliares de secretaria, disciplinários, porteiros, bibliotecárias, não recebe vale alimentação porque trabalha numa instituição filantrópica cuja mensalidade de um aluno equipara-se ao valor de uma mensalidade de um curso superior. Escandaloso! Brutalmente um acinte aos nossos direito trabalhistas e à nossa dignidade. O SAAE/MG não nos representa, caso contrário, isso não deveria em hipótese alguma acontecer. Devemos lembrar também que as instituições filantrópicas, por não precisarem pagar imposto de renda, não dão 120 dias de licença maternidade, mas apenas 90, pois para elas isso não é lucrativo. 

Como se vê o quadro é decadente e pedimos um posicionamento tanto do Sinpro quanto do SAAE.